sábado, 20 de maio de 2017

Servidores rejeitam propostas do município e construirão contraproposta para implementação do salário mínimo como menor salário

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Várzea Alegre realizou nesta manhã de sábado (20/05), assembleia com os trabalhadores da cozinha e da limpeza para deliberação das propostas apresentadas pelo município, no que consiste a implantação do salário mínimo como menor salário.

Referidas propostas foram construídas pelo executivo e apresentadas em audiência realizada em 15 de maio ao sindicato da categoria com o fito de solucionar o conflito que já dura cerca de dois anos.

O pleito corre, também, na esfera do judiciário, na qual o sindicato promoveu ação contra o município com o objetivo de ver compelida a prefeitura municipal de Várzea Alegre a remunerar os seus servidores com salário nunca inferior ao mínimo legal.

As propostas

I) Não contratar nenhum auxiliar de serviços gerais/merendeiras para exercer funções temporárias; Ampliar no mínimo 50 servidores em 2018; Ampliar no mínimo 30 servidores por ano a partir de 2019.

II) Aumentar a partir de fevereiro de 2018, uma hora de serviço diária para todos os 319 servidores.

III) Extinguir o regime celetista para implantar o Estatuto do Servidor Público Municipal; Com a criação do Regime Jurídico Único todos os servidores irão receber salário mínimo, com carga horária de 8h.

Deliberação

Após exaustivo debate a categoria votou contra as propostas da lavra do Executivo, pelos motivos e razões que se seguem.

Proposta I: a considerar haver 319 servidores na condição de meio salário, nessa perspectiva de ampliar apenas 50 servidores em 2018 e 30 por ano a partir de 2019 o município levaria 10 anos para concretizar o pleito dos servidores.

Proposta II: melhor que a primeira proposta, porém, bastante aquém do razoável, haja vista que ampliando apenas uma hora a partir de 2018, o município só implementaria de fato o salário mínimo em 2021, portanto após o fim da atual gestão.

Proposta III: a mais complexa de todas, não seria vantagem alguma implementar o salário mínimo em face da mudança de regime, visto que todos os servidores municipais perderiam, com a mudança, vários e preciosos direitos trabalhista, previstos na CLT.


Por fim, os servidores deliberaram realizar nova Assembleia em 03 de junho para construir uma contraproposta a ser levada ao Executivo de onde espera solução definitiva para a implantação do mínimo nacional legal. 

Por Erialdo Abrahão - presidente