terça-feira, 15 de outubro de 2013

DIA DO (a) PROFESSOR (a)


REFLEXÃO SOBRE A PROFISSÃO

O DESAFIO DE SER PROFESSOR NO SÉCULO XXI

O tempo atual, caracterizado por mudanças constantes e velozes, traz diversos desafios para os professores. O acúmulo de informações, a velocidade da tecnologia, a transformação constante da prática pedagógica, são desafios que levam o professor a descobrir fórmulas que estimula o repensar continuamente das suas ações. Estudiosos afirmam que a rapidez das mudanças no mundo de hoje, é quase sufocante e é preciso o professor descobrir como lidar com esse acúmulo de conhecimento. O professor do século XXI tem incorporado toda a produção intelectual dos séculos passados e seu desafio é se formar e transformar sua prática constantemente, levando em conta às produções culturais e históricas atuais.

Algumas questões são preponderantes, como as dimensões da produção de conhecimento, as condições de trabalho e vida, além das contradições da experiência individual, social e histórica. O professor necessita compreender o tempo atual e se relacionar com ele; compreender o lado humano da prática docente e gostar de contato com o outro, se possível ter poderes sobrenaturais para lidar com as dificuldades da profissão na atualidade.

O professor do século XXI está enraizado no presente dinâmico e no processo arcaico de constituição de conhecimentos e valores éticos, estéticos e políticos que emergem na realização da prática educativa, presencial ou à distância, a partir de interações recorrentes com o meio. O contexto midiatizado do século XXI impõe desafios aos educadores. É preciso estar atento para refutar as visões simplistas que opõem as múltiplas linguagens à realidade escolar. Também se faz necessário estender e inventar a prática educativa, compreendendo o cruzamento e a aproximação de três vetores: tempo, espaço e velocidade. É preciso promover mudanças estruturais de ação-reação-ação.

Neste contexto, os diferentes setores da sociedade também têm responsabilidades. Mobilizar o poder público a promover ações concretas, ou seja, políticas públicas eficazes. Também lhes cabe denunciar formas de controle, que utilizem as tecnologias para concentrar poder e conter a criatividade e a inventividade. Os professores deveriam ser estimulados a explorar as possibilidades de perturbação, transgressão e subversão das identidades existentes. É preciso estimular, em matéria de identidade, o impensado, o arriscado, o inexplorado e o ambíguo, em vez do consensual e do assegurado, do conhecido e do assentado.

Enfim, resta ao professor além de tudo que já foi citado, favorecer toda experimentação que torne difícil o retorno do “eu”. A volta do “nós”, é mais um desafio e que é preciso estar aberto ao novo e ressignificar sempre a prática educativa, ser plural, dialogar com o novo, estar aberto às novas tecnologias e linguagens, mas sem perder as raízes, os valores, a vivência. Pensar quais são nossos desafios frente à velocidade, às novas tecnologias, à fragmentação e à turbulência.

Professora Lucia Costa
14/10/2013