Os servidores do serviço público municipal de Várzea Alegre estão em greve. São duas frentes paredistas. Enquantos os auxiliares de serviços gerais reclamam pagamento de salário mínimo por quatro horas de trabalho há praticamente sete meses, os servidores da Educação e da Saúde, que entraram em greve há 15 dias, lutam por pagamento de salários em dia e por uma data-base para o recebimento de seus salários.
Na Câmara Municipal, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Erialdo Abrahão, apoiado pelo vice-presidente Pedro Bitu, e parte dos servidores grevistas, expôs que não consegue compreender a razão da Prefeitura não estipular uma data-base para o pagamento salarial da categoria.
Como a Prefeitura pagou os salários da Saúde no dia 14 de janeiro, e nos meses anteriores esse pagamento vinha sendo feito no dia 11 de cada mês, Erialdo Abrahão disse que existia uma proposta para que a prefeitura continuasse, pelos meses de janeiro, fevereiro e março, pagando nesta mesma data, até equilibrar as contas e pagar na data determinada pela CLT.
De acordo com o sindicalista, para o caso da Educação, hoje é dia 27, e os servidores ainda não receberam os salários. A Prefeitura, havia informadao que o pagamento da Educação saíria nesta tarde. ” Achamos que os repasses do mês de janeiro estão sendo usados para pagar dezembro e que a Prefeitura terá dificuldade de pagar janeiro em dia” – disse. Ele disse ainda que salário é verba alimentar é um direito social, e por isso não pode atrasar.
Os debates foram acirrados. Os vereadores oposicionistas ao governo, apoiando incondicionalmente os grevistas, foram aplaudidos, enquanto os situacionistas, também com discurso de apoio à greve, mas com pedidos de compreensão da situação da Prefeitura, pela crise financeira, receberam vaias.
A decisão da greve, ao que parece, não será de fácil solução. Não há previsão de retorno dos trabalhadores às atividades. Na avaliação da Prefeitura, com o pagamento nesta tarde dos salários da Educação, referente ao mês de dezembro e cobrado na greve, a Prefeitura está em dia com os servidores, haja vista o mês de janeiro, que só é pago em fevereiro, ainda não ter terminado.
Os grevistas, mesmo os da Saúde, que receberam salário de dezembro em 14 de janeiro, não voltaram aos trabalhos. Continuar de braços cruzados para o trabalho parece ser consenso entre os servidores da Educação também, mesmo com o pagamento confirmado para esta tarde de quarta-feira.
Segundo o secretário de Finanças da Prefeitura, Dakson Aquino, todos os esforços estão sendo empregados pelo Município para pagar aos servidores, assim como vem ocorrendo desde o início do governo Vanderlei Freire (PSD), e que por um atraso mínimo, foi gerada essa greve, o que para ele é o que pode ser considerando falta de compreensão por parte da categoria.
Os vereadores terão agora papel preponderante na solução da greve, devendo atuarem como mediadores entre a Prefeitura e o SSPMVA. A greve já afeta o funcionamento das escolas e dos equipamentos de saúde.
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